aqui estou eu
sentado junto à
janela ouvindo a
sinfonia nº 3 de
gustav mahler
a chuva fina
estilha-se contra a vidraça
subliminal
no centro da sala
uma mesa
de graves decisões
e silêncios simbólicos
no centro da mesa
uma bandeja
acrílica com múltiplas frutas
moldadas a sopro
avesso
na parede retratos
de vários passados
olhares sibilinos
e sorrisos remorsais
antepassados
uma mulher
atemporal vagueia nua pela sala
com uma maçã incolorada
recitando palavras
já pronunciadas
impressão
Dá-lhe poeta!
ResponderExcluir